Lei Ordinária 4686/2020

EMENTA

• Denomina uma das vias públicas do Município de Porto União de “Bergentino Slongo”.

Integra da Norma

LEI Nº 4.686, de 1º de setembro de 2020.

 

 

Denomina uma das vias públicas do Município de Porto União de “Bergentino Slongo”.

 

 

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO UNIÃO, Estado de Santa Catarina, usando da competência privativa que lhe confere o inciso IV, do artigo 64, da Lei Orgânica do Município, faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte LEI:

 

 

Art. 1º Fica denominada uma das vias públicas do Município de Porto União de “Bergentino Slongo”.

 

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

 

Porto União (SC), 1º de setembro de 2020.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ELISEU MIBACH                    RUAN GUILHERME WOLF

      Prefeito Municipal                          Secretário Municipal de Administração e Esporte

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO I

 

Bergentino Slongo, descendente de italianos, filho de Alberto Slongo e Doratina Savoldi, nasceu no dia 1º de março de 1943 no Município de Concórdia – Santa Catarina.

Sua mãe faleceu quando tinha apenas sete anos de idade. Aos doze anos ingressou em um Seminário no município catarinense de Luzerna, onde permaneceu por dois anos, quando foi para um Seminário na cidade de Bauru, Estado de São Paulo, onde concluiu o Ensino Médio.

No ano de 1961 veio para União da Vitória – Paraná, já com dezoito anos de idade. Tinha parentes na cidade e foi acolhido por sua prima Angelina Hobi.

Adorava jogar futebol e dada sua habilidade no esporte foi contratado pela empresa Bernardo Stam para jogar e trabalhar. Foi também atleta do Juventus Futebol Clube por alguns anos, ainda na década de sessenta.

Iniciou sua formação acadêmica na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória (hoje campus da UNESPAR), onde cursou Geografia. Durante sua formação foi presidente do Grêmio Estudantil por duas gestões.

Prestou concurso para o Banco do Estado do Paraná (Banestado) e para o Banco do Brasil, tendo conquistado o primeiro lugar em ambos os concursos. Sua escolha foi trabalhar no Banestado.

Conheceu sua esposa, Iara Kliemann Slongo, em 1966, na Igreja Matriz Nossa Senhora das Vitórias, em Porto União, durante ensaios da apresentação do Teatro Presépio Vivo, espetáculo que teve grande repercussão nas cidades gêmeas e região. Contraíram matrimônio no ano de 1969 e mudaram-se para Irati, no Paraná, pois Bergentino recebeu uma excelente proposta para trabalhar em uma laminadora.

Na cidade de Irati nasceram os três filhos da União de Bergentino e Iara: Jackson Fávero Slongo, Syndia Sybelle Slongo e Faverson Alberto Slongo.

Mesmo morando em Irati, Bergentino e sua esposa iniciaram o curso de Letras na Faculdade em União da Vitória e com muita garra e empenho concluíram a graduação no ano de 1974. Ambos tornaram-se professores concursados do Estado do Paraná. Bergentino seguia trabalhando durante o dia e lecionava no período noturno.

Ainda em Irati, com seu espírito empreendedor, conseguiu montar uma granja e abatedouro de frangos, com capacidade para aproximadamente cinquenta mil aves. Fazia a distribuição do produto em toda a cidade.

Em janeiro de 1983, a pedido de seu sogro, Senhor Arlindo Francisco Kliemann, retornou com sua família para Porto União, com o objetivo de dar continuidade e ampliar as atividades do Supermercado Kliemann, sendo que neste mesmo ano, no mês de julho, teve que enfrentar muitas dificuldades com o estabelecimento comercial, em razão do desabastecimento ocorrido por força da enchente de grandes proporções que castigou a região. Trabalhou de maneira incansável para o sucesso do supermercado, sendo muito benquisto por seus colaboradores, dos quais sempre procurou atender às necessidades.

Era um cidadão politicamente muito atuante, e no ano de 1988 candidatou-se a Prefeito do Município de Porto União. No mesmo ano, foi homenageado pelos moradores da Comunidade do Maratá, os quais escreveram seu nome no piso do salão do clube em agradecimento à ajuda sempre prestada por Bergentino.

Homem muito religioso e de bom coração, fez parte da Comissão da Igreja Matriz Nossa Senhora das Vitórias por muitos anos, trabalhando nas festas e sempre captando recursos para Igreja. Todos os anos no dia de Corpus Christi, Bergentino, sua família e sua equipe de colaboradores montavam um bonito altar na esquina em que ficava o Supermercado Kliemann.

No ano de 2005 graduou-se em Direito pela Universidade do Contestado, concluindo assim sua terceira graduação em curso superior.

Sempre ajudou diversas instituições filantrópicas, ninguém que a ele recorresse saía de mãos vazias, tanto que durante seu sepultamento foram ouvidos diversos relatos de agradecimentos de várias pessoas por ele ajudadas e que sentiram o desejo de prestar sua última homenagem a um cidadão que tanto bem os fez.

Conhecido por seu perfil empreendedor, trabalhador e que sempre expressava seus pensamentos e convicções com muita franqueza.

Faleceu em 18 de abril de 2017, aos setenta e quatro anos de vida, vítima de uma pneumonia assintomática.

Deixou aos seus familiares e amigos um legado de amor e respeito ao próximo.