EMENTA

• Denomina de “Elly Ana Mibach” o Recanto das Rosas localizado na Rua Ana Domingas Babireski em nosso Município.

Integra da Norma

LEI Nº 4.931, de 29 de agosto de 2023.

 

 

 

Denomina de “Elly Ana Mibach” o Recanto das Rosas localizado na Rua Ana Domingas Babireski em nosso Município.

 

 

 

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO UNIÃO, Estado de Santa Catarina, usando da competência privativa que lhe confere o inciso IV, do artigo 64, da Lei Orgânica do Município, faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte LEI:

 

 

Art. 1º Fica denominado de “Elly Ana Mibach” o Recanto das Rosas localizado na Rua Ana Domingas Babireski em nosso Município.

 

 

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de publicação.

 

 

Porto União (SC), 29 de agosto de 2023.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ELISEU MIBACH                                              RUAN GUILHERME WOLF

Prefeito Municipal                            Secretário Municipal de Administração e Esporte

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO I

 

 

Elly Ana Mibach nasceu em 28 de agosto de 1932 em Porto Vitória (PR). Filha de Pedro Rudolfo Scheid e Maria Francisca Scheid. Viveu em Porto Vitória com seus pais e doze irmãos até o dia 31 de dezembro de 1956. Casou-se com Adão Mibach e vieram residir em Porto União (SC). Desta união nasceram 4 filhos: Maristela, Darcísio, Inácio e Eliseu, e 10 netos: Darciele, Helder Vinicius, Ana Ligia, Beatriz Elen, Fernando Augusto, Rafael Mathias, Marilisa, Daniel Francisco (in memoriam), Gabriel Ian e Maysa.

 

Elly foi uma pessoa muito humilde, trabalhadora e, apesar de sua pouca escolaridade, era muito culta, religiosa e até política. Sempre foi do lar, mas preocupava-se com as pessoas, especialmente aquelas que sofriam entorses nos membros inferiores e superiores. Era aí que ela se dedicava às massagens, pelas quais ficou muito conhecida. Foi um dom que herdou de seu pai, Seu Pedro Scheid, que em tempos antigos vinha de barco a vapor de Porto Vitória a União da Vitória para fazer massagens para as pessoas que se machucavam e eram atendidas na antiga Farmácia Moderna. Além da senhora Elly, outros irmãos e primos também herdaram o dom que inclusive até hoje praticam. Era sofrido, mas em pouco tempo depois das massagens as pessoas se sentiam aliviadas. Estas massagens eram conhecidas como “colocar o nervo no lugar”. Muitas foram as pessoas que passaram pelas massagens da senhora Elly e agradecidas pelo feito de alívio da dor. Ela atendia todos com muito carinho e respeito.

 

Era uma pessoa versátil e de uma educação ímpar. Um dos destaques de sua versatilidade era o cuidado com a horta e flores. Na sua horta plantava verduras, ervas e chás de todas as espécies. O mais famoso era o cultivo de tomates. Havia uma espécie que produzia frutos de até meio quilo, sendo motivo do seu maior orgulho, além dos tomatinhos-cereja e morangos, que são as doces lembranças de infância dos netos. Sua generosidade era tanta que ela plantava para distribuir as verduras e os chás para seus filhos, netos, vizinhas e amigas. Além da horta, ela cultivava uma imensa variedade de flores, entre elas os brincos-de-princesa, as quais suas netas amavam, pois usavam como brincos e se diziam princesas. Seu jardim florescia tanto que ela sempre presenteava alguém com alguma flor, e sua dedicação era tamanha que ocupava grande parte do seu dia regando e adubando suas plantas.

 

Vale destacar também sua religiosidade. Jamais foi vista diante de uma televisão, a não ser para acompanhar a missa ou terço na Rede Vida. Tinha prazer em ensinar seus netos a rezarem o terço. Participou ativamente na Igreja Nossa Senhora das Vitórias, sendo membro do Grupo da Legião de Maria e devota de Nossa Senhora. Gostava de participar e trabalhar como voluntária nas festas da Igreja.

 

Outro legado que jamais será esquecido da memória afetiva dos filhos e netos foram os seus feitos na cozinha. Cada final de semana fazia as cucas alemãs de coco, uva e outros sabores para todos os familiares. As receitas eram antigas e foram ensinadas pelos seus tios e avós. Todos os aniversários da família tinham sempre um bolo confeccionado pelas habilidosas mãos da vó Elly. Um capítulo à parte de suas habilidades culinárias era a confecção de bolachas natalinas em estilo alemão (aquelas pintadas com cores e motivos natalinos). O sabor inigualável tornou-se marca na infância dos netos, pois ela fazia questão de ensinar e compartilhar seus conhecimentos culinários com os mesmos, que continuam mantendo sua memória viva usando suas receitas na cozinha e na vida. Todas as guloseimas e almoços eram feitos em seu fogão a lenha, pelo qual ela tinha um cuidado e preferência especial.

 

Era prendada na costura e crochê. Seus trabalhos manuais eram maravilhosos. Não existia uma toalha ou pano de prato que não tivesse uma barra de crochê, além dos joguinhos de toalhas que ela tinha prazer em confeccionar e depois engomar, transformando tudo em verdadeiras obras de arte.

 

A senhora Elly Ana Mibach partiu para junto do Pai Celestial no dia 7 de abril de 2016, aos 83 anos e 8 meses de idade, na cidade de Porto União (SC), abrindo lacunas na sociedade. Sua passagem deixou um grande legado que jamais será esquecido pelos seus familiares, parentes, amigos e instituições, das quais participava com abnegação e espírito altruísta. Fica para as futuras gerações a referência de alguém que acreditava na vida com empatia e que foi amável e afável com todas as pessoas, independente de classe social, raça, cor e credo religioso.