LEI MUNICIPAL Nº 4945/2023
Tipo: Lei Ordinária
Ano: 2023
Data da Publicação: 27/10/2023
EMENTA
- Denomina espaços públicos situados no Município de Porto União, conforme especifica, e dá outras providências.
Integra da norma
Integra da Norma
LEI Nº 4.945, de 26 de outubro de 2023.
Denomina espaços públicos situados no Município de Porto União, conforme especifica, e dá outras providências.
O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO UNIÃO, Estado de Santa Catarina, usando da competência privativa que lhe confere o inciso IV, do artigo 64, da Lei Orgânica do Município, faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte LEI:
Art. 1º Ficam denominados os espaços públicos situados no Município de Porto União abaixo relacionados, conforme especificado:
I- “Espaço de Lazer Isidoro Babireski” o espaço situado na Ciclovia José Alberto Doelle, Bairro Monte Líbano; distante 1,530 km do letreiro “Eu Amo Porto União”; próximo à Praça dos Libaneses Francisco Bittner e do Recanto das Rosas Ana Elly Mibach, coordenada -26.263228, -51.063833.
II- “Espaço de Lazer Cláudia Rosane Straube” o espaço situado na Ciclovia José Alberto Doelle; Bairro Monte Líbano; distante 1,900 km do letreiro “Eu Amo Porto União”; próximo ao final da Rua Domingos Forte, coordenada -26.265998, -51.062602.
III- “Espaço de Lazer Emílio Nagurniak” o espaço situado na Ciclovia José Alberto Doelle; Bairro Monte Líbano; distante 2,360 km do letreiro “Eu Amo Porto União”; próximo à Rua Joana Kachan, coordenada -26.268724, -51.059547.
IV- “Espaço de Lazer Eduardo Wachholz” a praça ao lado da Ponte de Ferro, Bairro Pintado, coordenada -26.269217, -51.056320.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Porto União (SC), 26 de outubro de 2023.
ELISEU MIBACH RUAN GUILHERME WOLF
Prefeito Municipal Secretário Municipal de Administração e Esporte
ANEXO I
Isidoro Babireski nasceu no dia 1º de junho de 1911, na cidade de Mallet, Paraná. Foi um homem notável, cuja vida deixou uma marca indelével em todos que o conheceram. Descendente de imigrantes poloneses, foi o terceiro filho de Damião e Mocrema Korneluk Babireski, em uma família de nove irmãos.
Sua jornada começou na adolescência, quando a família se mudou para a comunidade de Rio dos Banhados, em União da Vitória. Anos mais tarde, estabeleceram residência na localidade do Pintadinho, em Porto União.
Na sua vida adulta, Isidoro embarcou em uma carreira na Ferrovia, desempenhando o importante papel de conservador na localidade do Guaraú. Mais tarde, ele foi transferido para a turma 48, hoje conhecida como Monte Líbano. Foi durante esse período que ele iniciou um relacionamento que se tornaria um legado de amor: sua união com Ana Domingas Giacomini.
Em 16 de janeiro de 1943, Isidoro e Ana se uniram em matrimônio, estabelecendo sua residência na localidade do Pintado. Ao longo dos anos, sua família cresceu, com quatro filhos abençoando sua união. Em 1948, mudaram-se para o Monte Líbano, onde construíram sua casa e criaram seus filhos.
A vida de Isidoro foi marcada por trabalho árduo, amor incondicional à sua família e dedicação à comunidade que ele tanto estimava. Infelizmente, sua vida foi interrompida precocemente, quando ele tinha apenas 43 anos de idade.
No local da residência da família Babireski, seus filhos também construíram suas próprias famílias, continuando o legado de amor e união que Isidoro e Ana iniciaram. Em 2011, a rua que homenageia a matriarca da família, Ana Domingas Babireski, foi nomeada em sua memória. Hoje, em 2023, é apropriado prestar uma linda homenagem a Isidoro Babireski, marcando a história do local com a memória de duas pessoas que, lado a lado, se uniram há oitenta anos.
Que a lembrança de Isidoro Babireski continue a inspirar a todos nós, lembrando-nos da importância do amor, da família e da dedicação à comunidade que ele representou tão bem.
ANEXO II
No dia 02 de maio de 1968, nasceu na Maternidade da cidade de União da Vitória, Paraná, uma linda menina a quem foi dado o nome de Cláudia Rosane Straube.
Ela cresceu e se tornou uma criança muito inteligente. Aprendeu com facilidade os sólidos geométricos, o triângulo, o quadrado e o retângulo. Por isso, quando voltou da escola, sua mãe se deparou com roupas penduradas no varal, recortadas com furos perfeitos das figuras geométricas conhecidas. Arte de dois irmãos pequenos, a Cláudia (in memoriam), na época com 5 anos de idade, e seu irmão Fernando, com 3 anos.
Cláudia sempre foi muito estudiosa e esforçada em seus estudos. Além disso, era uma artista. Aprendeu pintura em madeira, pintura em tecido e também em porcelana, efetuando a difícil arte da micropintura com extrema habilidade, precisão e maestria. Pintou lindas peças. Passava muitas tardes pintando.
Com o coração abençoado que tinha, ajudou muito sua mãe quando estava se recuperando das operações sem poder andar. Gostava de ajudar pessoas carentes e doar contribuições para diversas igrejas.
Certa vez, seu pai lhe deu uma quantia maior e ela distribuiu tudo em várias igrejas. Isto gerou situações engraçadas, porque logo após chegaram Ministros, Padres e Pastores agradecendo ao seu pai, senhor Nelson Straube, as ofertas e contribuições que foram dadas em seu nome. O detalhe é que seu pai não sabia de nada, não entendendo o que estava acontecendo.
Deus quis que Cláudia voltasse ao Mundo Espiritual com 49 anos. A morte do Espírito não existe, só o corpo físico fenece. Sentimos saudades sim, mas acreditamos no Mundo Espiritual, e certamente iremos encontrá-la no Mundo Espiritual.
Biografia de Cláudia Rosane Straube, escrita por seus familiares.
ANEXO III
Emílio Nagurniak nasceu em Fluviópolis, no Distrito de São Mateus, no Estado do Paraná, no dia 18 de agosto de 1920. Filho de José e Ana Nagurniak, ambos imigrantes vindos da Ucrânia.
Quando criança, se mudou com a família para a cidade de Vera Guarani, e lá passou sua infância e permaneceu até 1945, quando foi convocado a servir o exército na Segunda Guerra Mundial. Serviu no Batalhão da Lapa e em 08 de fevereiro de 1945 embarcou no 5º escalão rumo a Itália, no navio de transporte General Meigs, chegando em 22 de fevereiro de 1945, permanecendo no front até 17 de maio, quando após ser ferido, foi evacuado para o Brasil.
Retornou para a casa dos pais onde ficou até 1948, depois saiu de casa para abrir seu comércio no município de Porto União, onde fixou residência no Bairro Pintado. Lá abriu a sua sapataria.
À época, era uma profissão difícil e rara, pois tinham poucos sapateiros na região. Seu Emílio atendia pessoas de todo o município de Porto União, mas principalmente moradores do interior, dos Distritos de São Miguel da Serra e Santa Cruz do Timbó, pois sua sapataria na localidade do Pintado ficava no caminho da estrada Dona Francisca.
Atendia sempre com carinho e alegria, e tinha empatia pelas pessoas que não tinham condições de efetuar o pagamento no momento e necessitavam dos seus serviços, pois na época (anos 50 e 60) era comum que as pessoas tivessem apenas um par de calçado e, até pela escassez de recursos, quando esse estragava, em vez de comprar um calçado novo, costumava-se efetuar o conserto. Tratava-se de um trabalho que exigia rapidez, pois os consertos deveriam ser feitos no mesmo dia, pois as pessoas necessitavam do único sapato que tinham.
Casou-se em 1951 com dona Emília Sass, e em 1955 veio o primeiro e único filho do casal, Antônio Rogério Nagurniak, in memoriam.
Trabalhou muitos anos como sapateiro e ficou bastante conhecido na região, porém ao passar dos anos foi tendo problemas de saúde e por volta de 1970 se aposentou, vindo a falecer em 24 de maio de 1995.
ANEXO IV
Eduardo Wachholz nasceu em 11 de junho de 1945, na cidade de Ipomeia – SC, filho de Arno e Clara Wachholz.
Veio para a cidade de Porto União ainda criança, com sua família, que se dedicou ao ramo de restaurante e hotelaria.
Em 1964, aos 19 anos, ingressou no Banco do Estado do Paraná, no qual fez carreira, chegando a gerente. Pediu sua aposentadoria em 1994, tendo completado seu tempo de serviço.
Casou-se com Solange Farah Wachholz em 1971, sendo que desta união tiveram três filhos: Rita, Jefferson e Luciane.
Muito dedicado à leitura e ao estudo, nunca parou de se aprimorar. Em sua formação acadêmica consta: (1973) Licenciatura em Letras Português/Inglês, pela Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória – PR; (1988) Bacharel em Administração pela Fundação Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Guarapuava – PR; (2003) Bacharel em Administração Pública pela Unidade de Ensino Superior Vale do Iguaçu de União da Vitória – PR.
Pelo seu gosto pela leitura, reuniu um incontável número de livros, sobre os mais variados assuntos, que foram doados, pela sua esposa, à Secretaria Municipal de Educação, para que fossem encaminhados da melhor forma para quem deles pudesse fazer uso.
Durante 10 anos prestou serviços ao município de Porto União, exercendo primeiramente o cargo de Chefe de Gabinete, nomeado pelo Decreto nº 023/97, de 28 de janeiro de 1997, do então Prefeito Alexandre Passos Puzyna. Em 18/12/1998 passou a exercer o cargo de Secretário de Finanças, na gestão do Prefeito Eliseu Mibach, cargo esse que ocupou até 01/03/2007, quando pediu sua exoneração, já na gestão do Prefeito Renato Stasiak.
Ainda prestando serviços ao município, exerceu interinamente o cargo de Secretário Municipal de Educação, por alguns meses, sem ônus para o município. Foi também designado interinamente, pelo Prefeito Renato Stasiak, como responsável pela Fundação Municipal de Cultura.
Durante todos esses anos em que trabalhou junto à Prefeitura Municipal de Porto União, como Secretário Municipal de Finanças, sempre teve como objetivo o desenvolvimento e crescimento sócio-econômico da nossa cidade, por meio de uma gestão séria, honesta e transparente dos recursos alocados, principalmente àqueles advindos do pagamento de impostos realizados pelos cidadãos de Porto União.
Em suas outras atividades, ainda consideramos importante mencionar: detentor de Certificado de Língua Alemã expedido pelo Centro Cultural 25 de Julho, no ano de 1996; exerceu a atividade de Magistério como professor de Língua Nacional e Inglês, nos anos de 1972/73 e depois de 1976/80; diplomado, em 1990, como “Amigo da Polícia Militar do Paraná”, pelos relevantes serviços prestados à Corporação; coordenador das campanhas para Prefeito nos anos de 1996 e 2000.
Eduardo Wachholz veio a falecer no ano de 2016, aos 71 anos, deixando uma grande lacuna em sua família e amigos, mas deixou também um grande exemplo de honestidade e retidão de caráter.
O que consta nessas simples folhas de papel talvez não traduza a pessoa que Eduardo foi, mas para aqueles que o conheceram e com ele conviveram, fica a certeza de tratar-se de um homem de bem.